VAGAS NO PARLAMENTO…NADA É VITALÍCIO

Davide Pereira. Finlândia.

A palavra de ordem para as próximas legislativas é “ingovernabilidade” da parte dos onze Deputados que estão de saída do Parlamento. Pouco ou nada optimistas.
Não souberam governar.
Tiveram a sua oportunidade na Assembleia da República e deixaram o país no estado em que está e agora “vem deitar bitaques”.
Não tiveram competência e agora pensam que que os próximos deputados que vão ocupar os lugares que eles vão deixar vagos e oxalá que sejam ocupados por membros do Partido Chega, não irá dar muitos resultados.
Parte significativa dos deputados que estão de saída da Assembleia da República prevêem que das próximas eleições…dificilmente resultará uma solução governativa estável para o país.
Prezado leitor, fique comigo e leia a declaração de cada um deles.
O que acha das próximas eleições?
Vão ser um enorme desafio para o país. Sobretudo por causa da forma de governação. Terão que ser encontrados novos modelos de governação, maiores aberturas. Algo, aliás, que não acontece só em Portugal. Olhemos para a Alemanha: é curioso que a coligação deste novo Governo vai buscar par- tidos muito antagónicos. Estas eleições serão uma forma de amadurecer ainda mais a nossa democracia. Gostava muito que o PSD ganhasse. Ana Miguel dos Santos. Deputada pelo PSD.
O que acha das próximas eleições?
Acho que das eleições vai sair um resultado que não permitirá um Governo sólido. O PS já perdeu muito tempo sem ter uma estratégia. O PSD é um grupo de amigos do Dr. Rio que transformaria o Governo numa secção de burocratas com mangas de alpaca. A. Simões. Deputado pelo PS.

Costa sigue sin mayoría a un mes de las urnas en Portugal


O que acha das próximas eleições?
As próximas eleições serão decisivas para o futuro de Portugal, que precisa de uma maioria política estável e consistente, liderada por António Costa. Portugal tem uma oportunidade única de se transformar e desenvolver, retomando um processo iniciado com êxito, em 2015, de construção de um país mais moderno, justo e igualitário que seja capaz de enfrentar os grandes desafios do presente e do futuro. Constança Urbano de Sousa. Deputada pelo PS.
O que acha das próximas eleições?
Acho que corremos o “risco” sério de ir a eleições e de ficarmos no mesmo cenário que levou ao chumbo do Orçamento do Estado. Continuaremos com dificuldades em obter consensos e, por conseguinte, de conseguir estabilidade governativa, especialmente importante num contexto pandémico. Cristina Rodrigues. Deputada não Inscrita.
O que acha das próximas eleições?
São uma oportunidade para os portugueses dizerem o que querem e para os partidos defenderem o interesse nacional. Apesar do clima favorável do BCE, o Governo limitou- -se a gerir os lucros em vez de fazer reformas. É inequívoco que a única alternativa que há a esta forma de estar se chama PSD, que é um partido reformista por natureza. Feliz ou infelizmente é sempre chamado a governar nas piores alturas – e esta é péssima. É muito provável que o PSD venha a liderar um governo em janeiro. Duarte Marques. Deputado pelo PSD.
O que acha das próximas eleições?
São um risco muito grande no sentido em que resultam de uma dissolução do Parlamento por não haver uma maio- ria capaz de aprovar um Orçamento. Há o risco grande de se produzir outro Parlamento em que seja difícil haver uma maioria estável. Esse é provavelmente o grande ponto de interesse das próximas eleições: saber o que resultará da vontade dos eleitores e saber como isso se refletirá na constituição do Parlamento. João Pinho de Almeida. Deputado pelo DS-PP.

Desespero total. A extrema-esquerda já começou nos seus debates a citar o Papa Francisco.


O que acha das próximas eleições?
São o resultado de uma irresponsabilidade dos partidos à esquerda do PS. Revelaram uma pulsão para o abismo típica dos movimentos ideologicamente dogmáticos. Considero, ainda, que os partidos que se assumem como candidatos di- retos à governação devem garantir condições efetivas de governabilidade. Mas mais: penso que o PS deve gerar condições para que algumas reformas que implicam maiorias alarga- das possam ser concretizadas. A democracia está a reclamar esse esforço de regeneração: só não o entende quem não quer. Jorge Lacão. Deputado Pelo PS.
O que acha das próximas eleições?
Defendi em Comissão Política do PS que o Governo devia celebrar um acordo escrito com o PCP contendo as medi- das adicionais à proposta de OE anunciadas nessa noite pelo SG António Costa, evitando assim abortar a legislatura. Foi um erro provocar eleições. Os espertíssimos decisores optaram por empurrar os cidadãos para um irracional ato eleitoral em pico de covid. Em vez de campanha, haverá por isso muita confusão e muito medo. Tanta bagunça é um incentivo ao protesto cívico traduzido na recusa de ida às urnas. O ano de 2022 começará mal e terá cenas hard core. José Magalhães. Deputado pelo PS.
O que acha das próximas eleições?
Serão muito difíceis de prever. Teremos resultados que de- penderão de fatores e circunstâncias que decorrerão até lá. Não serão eleições que podem ser previstas com base em experiências do passado ou sondagens. Depois, temo sobretudo que possam ser inconsequentes e que o país possa mergulhar numa crise política duradoura, agravando ainda mais a difícil situação sócio económica atual. Embora ache que o PSD tenha condições para ganhar as eleições, resta saber se as margens permitirão formar uma solução governativa. Luís Leite Ramos. Deputado pelo PSD.
O que acha das próximas eleições?
Serão uma grande oportunidade para o país mudar em ter- mos de estratégia. Espero que o PSD, que tem neste momento as melhores condições dos últimos dez anos, consiga vencer. Após o exercício de governação da troika, o PSD teve pre- juízos eleitorais. Agora ultrapassámos esse circulo de penalização: recuperou-se nas autárquicas e com o desgaste da governação de Costa. Estão reunidas as condições para o PSD ganhar as eleições. Fruto da experiência que o Rio tem, não há desculpas para não se obter um bom resultado. Pedro Alves. Deputado pelo PSD.
O que acha das próximas eleições?
Tenho esperança que os portugueses percebam de quem foi a culpa da interrupção irresponsável da legislatura, que a geringonça acabou, e abram caminho a uma alternativa. Eles é que têm que achar. Telmo Correia. Deputado pelo DS-PP.

Amigo leitor, a resposta destes 11 Deputados que estão de saída é bem clara…os chamados partidos clássicos estão falidos. Tempo de mudanças. Nada é vitalício.

DAVIDE PEREIRA

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